Mia, obrigado pela tua visita e pelos teus comentários. Como pudeste verificar, isto não tem muitas "reclamações", em parte porque o blogue esteve semifechado durante o primeiro ano (só eu e os enganados do Google cá vínhamos).
Os Four Tet têm, de facto, algumas músicas fantásticas. Esta é apenas uma delas (também gosto muito da Chiron e da Slow Jam). Eu adoro música e gosto de relacioná-la com aquilo que escrevo, até porque sempre foi uma das minhas fontes de inspiração. Posso sentar-me numa esplanada ou num banco do jardim e escrever, sem precisar de mais nada que não seja aquilo que me rodeia para me inspirar. Mas aqui em casa, em frente ao ecrã do computador, só escrevo (os textos que aqui vou publicando) se tiver música a acompanhar. A música faz-me viajar - por vezes, para sítios sombrios, mas ainda assim vou, que sempre é melhor do que ficar.
Bem,em primeiro lugar fuck the comments!Eu gosto de escrever,faz-me bem escrever nem que sejam patetices,se lerem tudo bem se não o fizerem durmo bem na mesma. A escrita sempre foi terapêutica para mim e é isso que importa.No dia em que não me fizer bem pouso a caneta. É engraçado mencionares a música como fonte de inspiração porque eu não consigo escrever nada (ZERO) se não estiver a ouvir música...Fico em branco! Por isso todos os meus textos são acompanhados pelo música que ouvi enquanto escrevi.Não que isso interesse a alguém mas enfim.Apetece-me e faço-o.
Eu gosto imenso do vosso blog e incrivelmente os meus blogs favoritos nunca têm muitos comentários ou seguidores.Eu acho que a blogosfera anda meia perdida em blogs como a pipoca mais doce e coisas de gajas ou gajos.Enfim,eu gosto por isso escrevam. Quanto a four tet,adoro a everything is alright :) é o som neste momento do meu despertador.
Eu também não deixo de dormir por não ter comentários, mas se, de vez em quando, tiver comentários como este, elogiosos, durmo mais satisfeito. Não preciso de muitos, mas um de longe a longe massaja-nos o ego e incentiva-nos a continuar.
Sem leitores, perde-se uma parte do texto que é deles por direito próprio. Claro que podemos escrever só para nós. Mas, então, que sentido faz publicar na Internet (ou em livro, ou noutro sítio qualquer, acessível ao público em geral)? Se for apenas para nós, lemos e guardamos na gaveta.
Não sei se é possível pousar a caneta. Pelo menos, eu não a consigo pousar. Se não escrevo poesia (e a maioria dos textos que aqui lês já foram escritos há algum tempo), dou comigo a escrever outra coisa qualquer. Nem que seja comentários em blogues. O "bichinho" está cá, e uma das coisas que o alimenta é a necessidade de comunicar. É um pouco como diz o Manuel António Pina: "já não é possível dizer mais nada mas também não é possível ficar calado".
Já tudo é tudo. A perfeição dos deuses digere o próprio estômago. O rio da morte corre para a nascente. O que é feito das palavras senão as palavras?
O que é feito de nós senão as palavras que nos fazem? Todas as coisas são perfeitas de nós até ao infinito, somos pois divinos.
Já não é possível dizer mais nada mas também não é possível ficar calado. Eis o verdadeiro rosto do poema. Assim seja feito: a mais e a menos.
Manuel António Pina (Ainda não é o fim nem o princípio do mundo calma é apenas um pouco tarde, 1974)
Eu ainda há pouco comi um iogurte de morango e, naquele momento, confesso que não o trocava por um poema de Manuel António Pina. Mas são coisas diferentes, parece-me.
Não é a mesma coisa, mas aquilo faz alguém falar de iogurtes (ou comê-los) ou escrever poemas até pode ser exactamente a mesma coisa. Expressa de forma diferente. Ou não.
10 comentários:
Four Tet.
É raro encontrar num blog alguém a colocar isto.Boa escolha.É absolutamente fantástico ;)
Mia, obrigado pela tua visita e pelos teus comentários. Como pudeste verificar, isto não tem muitas "reclamações", em parte porque o blogue esteve semifechado durante o primeiro ano (só eu e os enganados do Google cá vínhamos).
Os Four Tet têm, de facto, algumas músicas fantásticas. Esta é apenas uma delas (também gosto muito da Chiron e da Slow Jam). Eu adoro música e gosto de relacioná-la com aquilo que escrevo, até porque sempre foi uma das minhas fontes de inspiração. Posso sentar-me numa esplanada ou num banco do jardim e escrever, sem precisar de mais nada que não seja aquilo que me rodeia para me inspirar. Mas aqui em casa, em frente ao ecrã do computador, só escrevo (os textos que aqui vou publicando) se tiver música a acompanhar. A música faz-me viajar - por vezes, para sítios sombrios, mas ainda assim vou, que sempre é melhor do que ficar.
Volta sempre. :)
Bem,em primeiro lugar fuck the comments!Eu gosto de escrever,faz-me bem escrever nem que sejam patetices,se lerem tudo bem se não o fizerem durmo bem na mesma.
A escrita sempre foi terapêutica para mim e é isso que importa.No dia em que não me fizer bem pouso a caneta.
É engraçado mencionares a música como fonte de inspiração porque eu não consigo escrever nada (ZERO) se não estiver a ouvir música...Fico em branco!
Por isso todos os meus textos são acompanhados pelo música que ouvi enquanto escrevi.Não que isso interesse a alguém mas enfim.Apetece-me e faço-o.
Eu gosto imenso do vosso blog e incrivelmente os meus blogs favoritos nunca têm muitos comentários ou seguidores.Eu acho que a blogosfera anda meia perdida em blogs como a pipoca mais doce e coisas de gajas ou gajos.Enfim,eu gosto por isso escrevam.
Quanto a four tet,adoro a everything is alright :) é o som neste momento do meu despertador.
Um beijo,
MIA *
Eu também não deixo de dormir por não ter comentários, mas se, de vez em quando, tiver comentários como este, elogiosos, durmo mais satisfeito. Não preciso de muitos, mas um de longe a longe massaja-nos o ego e incentiva-nos a continuar.
Sem leitores, perde-se uma parte do texto que é deles por direito próprio. Claro que podemos escrever só para nós. Mas, então, que sentido faz publicar na Internet (ou em livro, ou noutro sítio qualquer, acessível ao público em geral)? Se for apenas para nós, lemos e guardamos na gaveta.
Não sei se é possível pousar a caneta. Pelo menos, eu não a consigo pousar. Se não escrevo poesia (e a maioria dos textos que aqui lês já foram escritos há algum tempo), dou comigo a escrever outra coisa qualquer. Nem que seja comentários em blogues. O "bichinho" está cá, e uma das coisas que o alimenta é a necessidade de comunicar. É um pouco como diz o Manuel António Pina: "já não é possível dizer mais nada mas também não é possível ficar calado".
Um beijo e um bom dia para ti.
"já não é possível dizer mais nada mas também não é possível ficar calado".
Essa frase é perfeita para descrever as redes sociais como o facebook,em que escrevemos : "Bom dia a todos!Comi um iogurte de morango.Adeus"
Algo deste género.
Um beijo e um excelente dia para ti também :)
Já não é possível
Já tudo é tudo. A perfeição dos
deuses digere o próprio estômago.
O rio da morte corre para a nascente.
O que é feito das palavras senão as palavras?
O que é feito de nós senão
as palavras que nos fazem?
Todas as coisas são perfeitas de
nós até ao infinito, somos pois divinos.
Já não é possível dizer mais nada
mas também não é possível ficar calado.
Eis o verdadeiro rosto do poema.
Assim seja feito: a mais e a menos.
Manuel António Pina
(Ainda não é o fim nem o princípio do mundo calma
é apenas um pouco tarde, 1974)
Eu ainda há pouco comi um iogurte de morango e, naquele momento, confesso que não o trocava por um poema de Manuel António Pina. Mas são coisas diferentes, parece-me.
Não é a mesma coisa, mas aquilo faz alguém falar de iogurtes (ou comê-los) ou escrever poemas até pode ser exactamente a mesma coisa. Expressa de forma diferente. Ou não.
Ou sim. O Manuel António Pina anda-te a fazer mal...
eheheh Pá, isto é álcool a menos no sangue!
Come mais um iogurte que isso passa-te.
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