Lentamente,
essa tua língua insidiosa
enrola-se na minha,
encharcada já de perfídia.
Pois morde-me!
que não resisto nem insisto.
Assisto ao serpentear do teu corpo,
que rasteja sobre o meu.
Envolve-me,
aperta-me,
esmaga-me!
que não me rendo nem desprendo
a maçã que carregas no peito.
Ah!, doce pecado
que expeles o néctar da flor que desponta
e que a abelha suga.
Aromas opiáceos,
fluidos corporais,
inunda-me, tentação divina
com o teu bendito veneno.
Mas não te iludas,
sorvo-te de um só trago
como um vício.
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