a cidade
são luzes e mais
luzes
o que os meus olhos
vêem
preenchem a vastidão da
noite
com a precisão de outras
fórmulas
matemáticas por inventar
e das luzes brotam
cores
amarelos
brancos
e meios tons
vermelhos
rubros
cintilantes
dançam à toa
sem física nem lei
e das cores crescem
formas
geométricas
triângulos
rectângulos
e círculos
e outras
analiticamente
abstractas
e todas se transformam
e das formas descem
sombras
acentuam
suavizam
ângulos
agudos
e obtusos
ou simplesmente
indefinidos
e descem e sobem
e brotam e crescem
as sombras
as luzes
as cores
as formas
a cidade
tantos cálculos esboço
que ciência explicará
o que os meus olhos contemplam?
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