domingo, 1 de agosto de 2010

Metade ao sol

A cidade adormece, à medida que a manhã desperta.
Não é novidade o que vos conto:
um corpo pousado sobre um silêncio abstracto,
metade sol, metade sombra.
Irrompe, então, a seguinte questão:
qual o próximo passo destas palavras?
E iríamos ter a habitual arena dos significados,
e um bando de heterónimos digladiando-se por
uma tradução para esta coisa tão simples:
céu de domingo amanhecendo, aberto,
um banco de jardim, como tantos outros,
no qual eu me encontro ocasionalmente colocado,
metade ao sol, metade à sombra.
Mas hoje não me apetece.

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