segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Manhã-neblina

Sobra-me o abstracto, o intocável,
esta manhã-neblina suspensa no olhar.

É a fuga ocasional de todos os tu falhados,
de todos os nós por resultar.

O sítio onde um eu revolvido
pode sossegar por instantes.

É por isso que este cinza leve penetrável,
prestes a esfumar-se no imaginário,
é tão belo e apelativo.

E porque tem por trás um céu azul por descobrir.

2 comentários:

M. disse...

Quando parar de limpar as lágrimas, comento...

Fabuloso!

dowhile disse...

Obrigado. Fico satisfeito por teres gostado.