Desceste a rua.
Estavas ebriamente contagiado pela
leviandade do teu corpo.
Obedientemente o transportaste pelas esquinas,
onde as sombras ocultas da noite o ansiavam.
Viste braços estenderem-se,
como mendigos reclamando por alma;
roupas curtas e palavras inevitavelmente obscenas
sugarem-te da mente as partes meramente resistentes.
Cedeste - há muito que tinhas cedido.
Entraste religiosamente
no mais velho ritual da degradação humana:
escolheste a carne, ela, o quarto,
pagaste, ela deixou-se usar. E
saíste com a perfeita ilusão de seres Homem,
só porque saciada estava a efemeridade do prazer.
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