Tinha andado a manhã toda a pensar no diabo dos implantes: «dois quilos (cada)», será que chega? Não será pouco? Comecei a tirar medidas às raparigas que passavam. A primeira prometia: com o seu decote até ao umbigo, deixando entrar o sol inteiro. Mas à medida que se foi aproximando, vi aquela miragem esvaziar-se, como dois balões furados. Ainda dei dois passos atrás, tentando recuperar o cenário inicial, mas era tarde, já nem o vento lhe pegava. Veio a segunda. Esta foi de percepção imediata: duas borbulhas ao peito a saltitar, a saltitar (lembrei-me da luta entre o garfo e as ervilhas), verdadeiramente angustiante. De quando em vez, lá passavam umas peritas de nariz mais empinado (pose de modelo), maçãs para todos os gostos; mas marmelos, nem vê-los.
A coisa não estava a correr de feição; e pior ficou, quando, subitamente, aos saltos, começou a desbarrigar-se aquela amostra de símio (ao que parece, não ficou lá muito agradado por ver a sua senhora examinada ao pormenor - ao pormenor... pfff... lançada à água, dava para fazer bodyboard, quando muito). Disse-lhe que tinha sido apenas um olhar casual, que nada havia para ver... Pior: que era só tarados, que não tinha medo de ninguém (babava-se de alto a baixo, e cheguei a pensar em chamar a Protectora dos Animais... mas depois reconsiderei e, em vez disso, optei por lhe oferecer uma banana). Lá se calou. Quando tudo parecia terminado, a outra entrou em histeria: que as bananas a deprimiam, que sempre fora habituada a amendoins... Enfim, a conversa já não era comigo, e fui-me afastando, disfarçadamente.
Tudo isto por causa da merda dos implantes... E eu sem resposta. Bem... lá ficaria a «puta» de O anão com dois quilos em cada mama, e não se pensava mais no assunto. Até porque toda aquela agitação de primatas e de frutos tinha-me deixado com sede. Entrei, desanimado, na cervejaria mais próxima, sentei-me ao balcão, e quem que me vem atender? Nem mais: a mamuda da Maria. Debruçou-se sobre o balcão, e, de repente, fez-se uma luz enorme, ou melhor, duas! Pedi uma cervejola, com os olhos pregados naqueles marmelões; e que o tempo andava mau, etc., coisa e tal, que nem praia tinha feito (coitadita... mas também, com aquelas bóias, era um certificado de caducário para os salva-vidas, pela certa... melhor assim). Ainda cheguei a imaginá-la: a boiar na cerveja, com um palito espetado no umbigo; e tanto a imaginei, que quando dei por mim, tinha o nariz enfiado no copo. Riu-se (a coisa compunha-se). Perguntei-lhe pelo Zé Manel. Que tinha acabado tudo, que merecia sorte melhor; estava angustiada, a pobre da rapariga. E, claro está, quem é que ia confortá-la? Aqui o je (oh... triste sina). Que saía às dez, e às dez lá estava eu.
Precisava de algo que a distraísse; por isso, não perdi tempo: levei-a a ver a minha colecção de peixes. Ficou entusiasmada com aquilo; e eu lá fui preparando o ambiente: um musicol à maneira, média luz, dois whiskiezitos on the rocks, para prolongar um pouco mais a coisa... e pronto, a galope, que se faz tarde (pensava eu). É que mal pus as mãos naquelas tetas XXL, não resisti e perguntei: quanto é que pesam os implantes? Tudo estragado: se estava a gozar, que nunca tinha sido tão humilhada, vestiu-se e foi. (E eu ali... feito morcão, de braços estendidos, a apalpar sabe-se lá o quê.) Tudo por causa da outra vaca mais a merda da pudicícia! De castigo, ficou sem implantes.
A coisa não estava a correr de feição; e pior ficou, quando, subitamente, aos saltos, começou a desbarrigar-se aquela amostra de símio (ao que parece, não ficou lá muito agradado por ver a sua senhora examinada ao pormenor - ao pormenor... pfff... lançada à água, dava para fazer bodyboard, quando muito). Disse-lhe que tinha sido apenas um olhar casual, que nada havia para ver... Pior: que era só tarados, que não tinha medo de ninguém (babava-se de alto a baixo, e cheguei a pensar em chamar a Protectora dos Animais... mas depois reconsiderei e, em vez disso, optei por lhe oferecer uma banana). Lá se calou. Quando tudo parecia terminado, a outra entrou em histeria: que as bananas a deprimiam, que sempre fora habituada a amendoins... Enfim, a conversa já não era comigo, e fui-me afastando, disfarçadamente.
Tudo isto por causa da merda dos implantes... E eu sem resposta. Bem... lá ficaria a «puta» de O anão com dois quilos em cada mama, e não se pensava mais no assunto. Até porque toda aquela agitação de primatas e de frutos tinha-me deixado com sede. Entrei, desanimado, na cervejaria mais próxima, sentei-me ao balcão, e quem que me vem atender? Nem mais: a mamuda da Maria. Debruçou-se sobre o balcão, e, de repente, fez-se uma luz enorme, ou melhor, duas! Pedi uma cervejola, com os olhos pregados naqueles marmelões; e que o tempo andava mau, etc., coisa e tal, que nem praia tinha feito (coitadita... mas também, com aquelas bóias, era um certificado de caducário para os salva-vidas, pela certa... melhor assim). Ainda cheguei a imaginá-la: a boiar na cerveja, com um palito espetado no umbigo; e tanto a imaginei, que quando dei por mim, tinha o nariz enfiado no copo. Riu-se (a coisa compunha-se). Perguntei-lhe pelo Zé Manel. Que tinha acabado tudo, que merecia sorte melhor; estava angustiada, a pobre da rapariga. E, claro está, quem é que ia confortá-la? Aqui o je (oh... triste sina). Que saía às dez, e às dez lá estava eu.
Precisava de algo que a distraísse; por isso, não perdi tempo: levei-a a ver a minha colecção de peixes. Ficou entusiasmada com aquilo; e eu lá fui preparando o ambiente: um musicol à maneira, média luz, dois whiskiezitos on the rocks, para prolongar um pouco mais a coisa... e pronto, a galope, que se faz tarde (pensava eu). É que mal pus as mãos naquelas tetas XXL, não resisti e perguntei: quanto é que pesam os implantes? Tudo estragado: se estava a gozar, que nunca tinha sido tão humilhada, vestiu-se e foi. (E eu ali... feito morcão, de braços estendidos, a apalpar sabe-se lá o quê.) Tudo por causa da outra vaca mais a merda da pudicícia! De castigo, ficou sem implantes.
11 comentários:
Vais-me espantar a clientela.
Ó diacho! Isto tem clientela?
São poucos e bons!
Então ficam.
O que sobra em mamas falta em sentido de humor.Podia ter-te perguntado se estavas a planear mudar de sexo e se o peso era algo que te preocupava,rematando com um:Podemos ir às compras depois!
Há que dar a volta à situação.Amuar não costuma resolver.
Pois é. Ou então podia meter as mãos no saxofone e, em vez de pô-lo a tocar o Destination Calabria, perguntar: porquê? precisas de algum para colocar aqui?
E obviamente que eu lhe responderia: preciso dos dois, de que estás à espera?
Mas não. Foi-se e deixou-me ali de mãos a abanar. Não tenho sorte nenhuma.
Posso falar em bom portugês?Desculpem mas para além de ser felizmente uma mulher descomplexada cresci e vivo no Porto.
No dia em que uma mulher te conseguir fazer um bico e tocar o Destination Calabria,o Jonh Coltrane vai dar voltas no túmulo de vergonha!
De mãos a abanar no verdadeiro sentido da palavra certo?é uma vergonha,ainda por cima com dois whiskeys em cima da mesa!Era James Martin?
Já não se fazem mulheres como antigamente sabes?Hoje é um problema rasgar o himen,há 40 anos anos atrás era dificil parar de parir.Sinais do tempo...Venha o diabo e escolha
Essa do Coltrane não é mal vista, mas olha que segundo rezam as crónicas, a Maria era capaz de pôr a Orquestra Filarmónica de Londres a tocar o Anarchy in the U.K., dos Sex Pistols, enquanto comia batatas fritas. Dizem... Eu não faço ideia se é verdade porque, como te disse, fiquei agarrado a um Drunk Trumpet e uma garrafa de whiskey barato.
Mas podia ser pior. Muito pior.
Why fuck when you can dance like that? - diz um dos comentários. Podias aprender a dançar assim.
Pois por eu não conseguir dançar assim é que precisava da Maria! Mas bem vistas as coisas, se eu conseguisse fazer aqueles movimentos hipnóticos talvez ela tivesse ficado. Quanto mais não fosse por não se conseguir mexer com o choque.
Dowhile a tua ideia foi top!
Eu fiquei com inveja daqueles passos,mas não os tentei reproduzir.Vou deixar isso para outra altura.
Tediokiller eu dava um rim e o BI (que perdi em amesterdão) para ver os sex pistols ao vivo e os clash claro!Eu nasci no ano errado :/
Esse ultimo video fez-me lembrar esta música que eu adoro: http://www.youtube.com/watch?v=Hapufz1NFkY
E esta música faz-me sempre lembrar um episódio deprimente que tb podemos relacionar com o corte da XXL.Querem saber qual é?Não?Eu digo na mesma.
Estava solteira da vida quando percebi que um amigo meu morenaço,trintão,solteiro e sorriso colgate queria arrastar a asa para o meu ninho!Não sendo eu parva deixei-o entrar no meu doce leito quando me apercebi que ia ter relações com algo parecido com um amendoim :/ não percebi como se usava aquilo,a sério.Não sei se era para os apanhados ou se era suposto meter adubo antes e eu estava desprevenida.
Enfim...eu devia ter cantado esta música antes de abrir a porta do quarto.Nem tudo o que parece é.
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