sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Não há memória

Uma gaivota recorta o horizonte.
Leva a saudade no bico.
Um sonho inacabado perde-se na bruma da manhã.
Já nem as ondas o trazem...
Já nem o mar me traz de volta.
Ao longe houve um barco
e, certamente, alguém no leme.
Do tempo veio a tempestade.
Mas onde estão os náufragos?
Nem um só arrepio.
Não há silêncio maior do que este que me invade os olhos.
Vem o branco sobre a página.
Não há memória.
E um sono que nem leve nem profundo
toma conta do resto.

1 comentário:

M. disse...

Só não consigo.

Também me esqueci.