Está bem, não mais verei o mundo a preto e branco.
Calarei as horas cinzentas e os versos sonolentos,
as analepses em espiral e as antevisões fatalistas.
Direi, e direi em voz alta para que todos ouçam:
a vida é um tapete verde onde todos se conjugam.
Que seja mentira. Não se ralem, que eu tampouco.
Que me cegue a luz do dia, se para olhar tiver de ver.
Está bem, fincarei os pés na terra e sorrirei concordâncias;
tronco panorâmico que observa com mudez a floresta morta,
máscara indolente e indolor que nos vossos olhos se reflecte.
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