Caminhar pela praia entre gaivotas e bicicletas, vendo o movimento da cidade desaguar no mar em frente. Ouvem-se risos, é hora do almoço, de pizza na esplanada, ao som de uma versão assambada de Protection. Vinho branco para calar a sede, os olhos esquecem tudo o que não caiba neste minúsculo intervalo onde a vida repousa por instantes, cansada de tantas voltas para nada, mas não agora com este mar tão perto. Mais um copo, o som está óptimo e o céu é uma via aberta para nenhures. Esta é a grande vantagem dos intervalos: levarem-nos a lado nenhum. O problema começa quando olhamos para o relógio e percebemos que está na hora de voltar para a precária realidade que nos trouxe até cá.
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