Tu que eternamente esperas,
junto ao despertar das auroras,
por novas de além-mar;
sempre esses olhos na lonjura,
sempre essas mãos em desalinho.
Ó vórtice de ventos e de rosas,
o sol nasce a oriente!
Não esse que, em suprema verticalidade e
perfeito equilíbrio, doura o imaginário,
mas este, cansado, feito de sono e farrapos,
cinzas do teu destino.
Ó voz de tempo avariado,
sinuoso pasto do pensamento,
porque me chamas de além-mar?
Sempre estas mãos em desalinho.
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