A manhã irrompe pela janela do meu quarto,
diz-me que lá fora está o dia e que a vida canta de árvore em árvore.
De facto, quase consigo ouvi-la deste sono indeciso em que me encontro:
um sol nítido capaz de me fazer erguer desta repisada melancolia?
Talvez tenha sonhado. Levanto-me, aproximo-me do vitorioso rumo
dos que ousam procurar a luz que irrompe pelas janelas de cada dia.
É noite. Mais precisamente 4 da manhã.
O único canto perceptível é trazido pelo vento e pela chuva do Inverno.
A realidade é uma coisa angustiante.
Fumo um cigarro triste, a pensar na manhã de há pouco.
Sonho com este engano: um novo dia antigo que repetidamente irrompe pela janela do meu quarto.
Algures no meio do sono está a saída deste enredo.
Só não sei onde. Ainda.
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