Tenho como pano de fundo o movimento constante da cidade.
Absorvo-o todo, numa emulação de presença que, por
instantes, me preenche. De facto, é na letargia de tal
momento que sinto o aconchego de um lar: a grande família
reunida num cenário imaginário, enquadrada num tempo que nunca
foi; e isto basta-me. Assim, ao observar cada rosto que passa,
posso dizer, com verdade, que pertenço à corrente (ainda que
ela só exista como ideal). Ora, é partindo deste pressuposto
que, conscientemente, me abandono para me encontrar depois
- panorâmico até que os olhos me ardam.
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