Sempre fora assim:
um olho no infinito e outro nos arredores.
O problema surgiu quando
(e aqui algo nunca antes dito)
o infinito resolveu descer à terra.
A focagem era tão perfeita e a imagem tão nítida,
que foi imediatamente recusada pelos olhos do pobre rapaz.
Então, eu, que até nem costumo dar nome às coisas,
inventei um título para este texto.
E o que sempre fora assim
(um olho no infinito e outro nos arredores)
assinou por baixo, já meio zonzo,
recolhendo-se, de seguida, num universo paralelo.
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