Lá estava eu, entretido a preocupar-me com a despreocupação dos outros que iam passando, quando dois turistas me pediram para lhes tirar uma fotografia. Fizeram a pose habitual do casal envolto na paixão que as férias e o calor do Verão reacendem - estavam prontos, sem dúvida. Segurei a máquina fotográfica, encostei o olho no visor e, de repente, vi-me do outro lado, abraçado aos sonhos da adolescência que nenhuma fotografia conseguiu guardar - memórias por revelar, talvez. Era notória a impaciência dos turistas, que acenavam fora do alcance da objectiva; mas o meu objectivo era outro, e fui rodando a máquina fotográfica, como uma criança à procura dos porquês.
Cá estava eu, despreocupado perante a preocupação dos outros; um deles, aproximou-se e, enquanto recitava qualquer coisa que preferi entender como um "obrigado", arrancou-me a máquina das mãos - quase me apeteceu chorar, e talvez tenha feito birra, não me recordo bem; do que me lembro, por outro lado, é de a ter ouvido disparar, algures, mas não faço a mínima ideia do que aparecerá na fotografia. Ora, como tinha mais com que me preocupar, pus-me, de novo, a observar a despreocupação dos outros que iam passando.
Cá estava eu, despreocupado perante a preocupação dos outros; um deles, aproximou-se e, enquanto recitava qualquer coisa que preferi entender como um "obrigado", arrancou-me a máquina das mãos - quase me apeteceu chorar, e talvez tenha feito birra, não me recordo bem; do que me lembro, por outro lado, é de a ter ouvido disparar, algures, mas não faço a mínima ideia do que aparecerá na fotografia. Ora, como tinha mais com que me preocupar, pus-me, de novo, a observar a despreocupação dos outros que iam passando.
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